segunda-feira, julho 31, 2006

Passeios de Domingo

- Mamã levas-me ao Colombo para eu andar na montanha-russa?

- Não queres ir antes ao parque que tem os escorregas grandes?

- Não. Quero ir à montanha-russa e aos carrinhos de choque. O meu pai deixa-me andar nos carrinhos de choque e a minha avó também. - diz ela mentindo descaradamente.

- Não me parece que o teu pai e a tua avó te deixem andar nos carrinhos de choque.

- Deixam sim. Dizem que deixam e que nem vou partir os dentinhos.

Ficou bem claro para mim qual tinha sido a justificação que lhe tinham dado para ela não andar nos carrinhos de choque.

- Podemos ir andar na montanha-russa, mas nos carrinhos de choque não que ainda és pequenina.

- Está bem. E depois vamos ao escorrega?

- Está bem.

E lá fomos nós.

Começamos a tarde no Funcenter, lanchamos na Fnac enquanto viamos o "Castelo Andante" e terminamos a tarde a comer um geladinho na Quinta das Conchas.

A Quinta das Conchas é um parque no Lumiar que aconselho vivamente. Há espaço para tudo, ler, jogar à bola, andar de patins, bicleta, dormir à sombra deitada na relva... sem que nenhuma actividade intrefira noutra. Além disso tem um parque infantil que os miúdos adoram.

Posted by Abelhinha at 9:15 da manhã 4 comments

sexta-feira, julho 28, 2006

Boa Sorte Fred!

Quando aqui chegaste mais parecias o Fred Flinstone do que tu mesmo!

Detestei-te... aliás detestamos-te.

Felizmente nem tudo o que luz é ouro e as aparências iludem e tu foste invadindo o nosso espaço e conqusitando os nossos corações.

Ontem foste para um novo projecto.

Hoje o teu lugar está vazio. Está lá sentado outro alguém, mas está vazio. Um buraco negro e escuro.

Olho para lá e e engulo em seco. Limpo mais uma vez a lágrima antes de ela cair para não parecer a croma que chora só porque um colega seguiu a sua vida, evoluiu, progrediu.

E o que importa se sou a croma? Quer cair? Que caia.

Pronto é oficial... sou lamechas.

Devia estar feliz pelo teu novo projecto, eu sei... perdoa amigo se a dor que sinto por já não estares aqui a fazer-me rir é maior.

Sinto na pele a raiva do que levou a escolher um caminho onde nós não estamos.

Apesar da dor que ontem senti por não te dar aquela abraço porque tu querias despedidas rápidas, desejo-te uma grande sorte.

Que a bússula te oriente o caminho.

Gosto muito de ti!

Boa sorte Fred!

Posted by Abelhinha at 9:19 da manhã 3 comments

quinta-feira, julho 20, 2006

Parabéns ao Mocho


O meu querido Mocho Falante faz anos hoje...

Um enorme beijo de parabéns!

Posted by Abelhinha at 8:07 da manhã 3 comments

quarta-feira, julho 19, 2006

Diário de Viagem VII - Puede que sea del calor...

Puede que sea del calor...

... Foi o que a minha amiga dominicana me disse quando falavamos do atrevimento dos dominicanos de um modo geral e do atrevimento do Carlos em particular.

Depois da revelação bombástica que um vendedor fez à minha mãe, em que lhe garantia que os dominicanos fazem amor até aos 90 anos pelo menos uma vez por dia, e que tendo o pai dele 60 a minha mãe ainda teria a possibilidade de fazer amor 10950 vezes (sem contar com os dias a mais dos anos bissextos), chegou a vez da Inês também ter um pretendente.

Sim... porque isto do amor não escolhe idades.

A Inês adorava sair pela varanda no nosso quarto, situado no R/C e entrar pela porta para repetir a voltinha. Para entrar pela porta batia, devagarinho, com a sua mãozinha à porta.

Certo final de tarde, ouço a sua mãozinha bater à porta. Estava a acabar de me arranjar para o jantar.

- Amor, vai dar a volta - gritei.

- O quê mamã?

- Ãh! Estás aí?

Fui abrir a porta.

Do outro lado estava o pequeno Daniel.

- Olá. Eu queria saber se a Inês hoje pode vir jantar comigo... - diz ele muito direito com os braços rectamente encostados ao corpo.

- Os teus pais sabem que estás a convidar a Inês para ir jantar contigo?

- Pai! A Inês pode ir jantar comigo? - Grita ele ao pai.

- Pode.

- Pode. Ela já está pronta?

- Ainda não Daniel.

- Então ela pode ir lá ter comigo? Nós vamos estar na mesa do costume, está bem?

- Está.

E assim vi eu a minha Inês ir jantar fora pela primeira vez.

Posted by Abelhinha at 7:44 da tarde 2 comments

Diário de Viagem VI - O outro lado

Quando vamos para a ilha sabemos que vamos encontrar espaços como este



e que ficaremos com esta imagem presa na retina



Mas há um outro lado na ilha, que só vemos se sairmos do resort apesar do pânico que operador turístico tenta instituir.

Nele encontramos as pessoas



As crianças que brincam e pedem caramelos


As casas



E este é sem dúvida o seu lado mais belo.

Posted by Abelhinha at 7:29 da tarde 1 comments

terça-feira, julho 18, 2006

Diário de Viagem V - Mi Cielo, Mi Amor

No Domingo a seguir à minha chegada fui exprimentar, ao final da tarde, o Mai Tai ao bar da piscina, para verificar se o Mocho tinha razão.

Assim que me aproximei do bar, o barman sorriu com aquele olhar dominicano característico e veio atender-me primeiro que qualquer outra pessoa.

Perguntou-me o nome, pelo pai da Inês. Disse que se chamava Carlos, quem tinha um filho e que estava separado. Deu-me o Mai Tai e sorriu.

No dia seguinte, ao entregar-me o sumo de laranja (sim, que a Abelhinha não pode abusar do álcool) diz-me:

- És linda!

Agradeci e sorri.

O resto da minha estadia foi caracterizado por episódios destes, com todas as pessoas do meu grupo a pedirem-me para ir eu buscar as bebidas por ser sempre mais rápido.

No último dia:

- Não vás. Casa-te comigo.

Ri-me, claro. Ele continuou:

- Vi nesses teus belos olhos castanhos que a tua felicidade sou eu e que a minha és tu. Sim demora apenas um segundo a dizer e é essa a distância a que estás de ser feliz para sempre.

Dei uma resposta como quem acredita:

- Lamento mas a minha vida é lá.

- Toma este CD. Sempre que ouço esta música penso em ti e por vezes choro.

Agradeci.

Deu-me o número de telefone e pediu-me o meu. Dei. Afinal na minha cabeça a probabilidade de ele ligar era mínima, devido ao custo elevado de uma chamada telefónica.

Pediu-me um beijo. Disse-lhe que não. Ele pergunta-me como fará para se recordar o meu sabor. A minha resposta foi rápida. Abri a mala e tirei uma mão cheia de caramelos que levei para distribuir pelos miúdos:

- Toma. Comes um destes caramelos

Ele muito desconcertado:

- E quando se acabarem?

- Há um truque para isso. Nunca comas o último!

- Razão tinha o meu amigo que me disse que tu eras rebelde.

Ri-me porque sabia exactamente de quem ele estava a falar e porquê que o amigo dele me achava rebelde. Esse dito amigo perguntou-me se eu tinha ido de férias e tinha deixado o marido a trabalhar. Respondi-lhe que as mulheres portuguesas são independentes e mais um chorrilho de disparates feministas, mas tão feministas que nem concordo com eles.

Para grande espanto meu, recebi uma sms:

- Mi Amor, te estraño mucho. Beso grande TT Carlos desde Dominicana.

Fiquei desconcertada e achei que deveria responder mais não fosse para acusar a recepção da sms, principlamente por não saber o que quer dizer TT.

- Gracias por tu cd que me ha gustado mucho. Beso desde Portugal

As mensagens continuaram com juras de amor várias, com muitos TTs, mi amor, mi cielo e outros tratamentos carinhosos à mistura e com respostas evasivas da minha parte. Até que resolvi perguntar o que era TT.

A resposta foi no mínimo estranha e eu concluí que TT era um atrevimento qualquer porque ele não assumiu a resposta, dizendo apenas: “De parte de Carlos. Quiero que tu sinta algo bello mi amor.”

Respondi que seria difícil porque eu sou muito rebelde e como tal trato muito mal os homens.

- A mi no. Estoy seguro.

- No te lo creas.

Insistente não?

Posted by Abelhinha at 12:25 da manhã 3 comments

segunda-feira, julho 17, 2006

De bestial a besta

Conversa entre 2 mulheres

- Sabes? Vi o Viscoso.

- Como é que ele se chama mesmo? Já só me lembro de o chamar Viscoso.

- Ricardo.

- Ah, pois é isso. Ontem o estúpido-batatas-fritas ligou-me a convidar para sair e 10 minutos depois cancelou.

- O estúpido-batatas-fritas?

- Sim, aquele que era o Voz-doce.

- E agora é o estúpido-batatas-fritas?

- Sim. Primeiro passava o tempo que tinha livre todo comigo. Depois de um momento para o outro começou a ser ausente. Passou a ser o batatas fritas. Combinou sair e 10 minutos depois mudou de ideias passou a ser o estúpido-batatas-fritas.

- É assim que se passa de bestial a besta. Mas também com comportamentos desses...

Posted by Abelhinha at 4:23 da tarde 2 comments

quinta-feira, julho 13, 2006

Diário de Viagem IV - Flores Sensuais

Já aqui disse que os Dominicanos são um povo quente.

Mas como poderiam eles ser diferentes e até as flores são sensuais?


Posted by Abelhinha at 6:59 da tarde 2 comments

quarta-feira, julho 12, 2006

Disseram-me

Amiga, se fosse fácil não seriam valores, seriam meros pensamentos, meras ideias.

Posted by Abelhinha at 5:39 da tarde 1 comments

Diário de Viagem III - O roubo das chanatas


Ao segundo dia as minhas chanatas desapareceram.

Fiquei irritada porque eu adorava aqueles chinelos e ficavam-me a matar.

Nos 2 dias que se seguiram, andei a ver se os via... nada. No último dia de férias lá estavam eles nos pés de uma inglesa e ainda por cima estavam pequenos.

Ela sentiu-se observada e foi-se esconder, mesmo com o marido a reclamar bem alto com ela que os filhos estavam na piscina sozinhos. Foi quando tive a certeza que eram os meus chinelinhos. Quem não deve não teme.

Mais tarde ela tinha descalçado os chinelos e vigiava-os de longe.

Irritou-me ainda mais por ela ser uma hóspede VIP do resort.

Meus amigos ficar com uns míseros chinelos de enfiar no dedo de um desconhecido, além de irreal, é muito pouco higiénico. E se eu tivesse um fungo altamente contagioso?

Posted by Abelhinha at 3:43 da tarde 7 comments

Alerta

Se forem de férias e virem no resort esta senhora



escondam os vossos chanatos e fujam dela.

É que segundo a minha avó e 95 anos (e eu confio no conhecimento dos ansiãos) praga com razão pega e ela deve estar neste momento, em alguma parte do mundo a coçar o seu pé de atleta.

Posted by Abelhinha at 3:36 da tarde 1 comments

terça-feira, julho 11, 2006

Diário de Viagem II - As compras

Ir de viagem e não ir às compras... deve ser crime. Como não queria ir presa, trouxe para casa mais 35Kg de bagagem do que levei.

Uma mulher sozinha nas compras (sozinha, entenda-se sem companheiro, marido, esposo, homem, o que lhe queiramos chamar, de cara enfastiada) é um atractivo para os vendedores como o mel é para as abelhas.

Assim que me viram e à minha mãe, começam a saltar piropos atrás de piropos, vindos de homens de idades diversas.

- Meu amor, apaixonei-me por ti! Anda cá para te dar um presente.

E toca a enchere-me de fios e pulseiras de missangas, no pescoço, braços e tornozelos.

- Gostas desta? Toma é tua!

- Quando custa isto?

- Para ti meu amor o que tu quiseres pagar.

E por acaso até foi. Paguei o que quis. É engraçado poder definir o preço que vamos pagar.

Ao ouvir que eu tinha sede, o vendedor manda um rapazola subir a um coqueiro para mo oferecer e com agilidade o abriu e mo estendeu.



São de gestos como estes, doces com algum atrevimento que os apimentam, que fazem da hospitalidade dominicana algo de tão característico e cativante.

Posted by Abelhinha at 7:13 da tarde 4 comments

Diário de Viagem I - Já a saudade


Após 3 dias do meu regresso já tenho saudades de algumas coisas:

- Os preparativos para a exposição ao Sol



- As chuvas tropicais tão imprevisíveis como um jogo de roleta



- Os Mai Tais no bar da piscina a ver as vistas



Mas a maior saudades de todas é o ananás e a manga. Dos melhores que já comi.

Posted by Abelhinha at 6:50 da tarde 2 comments

segunda-feira, julho 10, 2006

Regressei

Cá estou eu de volta a estas andanças.

Foram duas semanas de luxo na República Dominicana.

Os dominicanos são afáveis e o "All Inclusive" incluí também a massagem ao ego, com uma catrefada de piropos. Deve ser do Merengue e da Bachata. Sons que se ouvem sem parar em qualquer lugar que se esteja. Colocam aqueles olhinhos de cachorrinho abandonado e com o tom doce de que diz uma derradeira verdade, soltam juras de amor e felicidade eternos a quem passa.

O ar que se respira cheira a sol e mar, misturados com o odor da areia e dos coqueiros.

A água do mar era como um bálsamos relaxante no meio de uma vegetação luxuriantemente densa.

A verdade é que todas estas palavras parecem espaços comuns mas não existem palavras que possam descrever o que se sente ali.

Antes de partir, alguém me disse que o lugar para onde ia era árido. Devo dizer que os dominicanos dominam a arte dos coqueiros artificais (entre outras espécies), ou como diz o Mocho - que veemente me aconselhou este destino - "É tudo tupperware".

A Inês era como peixe ou sereia na água, conforme a sua disposição, chegou mesmo a ser crocodilo e cavalinho do mar. A minha mãe estava delirante com 10 anos a menos.

A partir de amanhã, já com fotos, farei as crónicas da minha viagem.

E tenho algumas histórias engraçadas para contar.

Posted by Abelhinha at 6:24 da tarde 6 comments