quarta-feira, agosto 30, 2006

Conversas na cozinha

Um chefe e um sub-chefe perguntam a um colaborador de outra equipa:

- O que esteve o meu recurso a fazer contigo na 2ª feira?

- Esteve a ajudar-me a resolver um granel. Começamos às 18h30, mas aquilo correu mal só acabamos às 19h50.

- Ah ok. Era para saber se as histórias combinavam. E combinam. Afinal ele não mentiu.

Não tivesse sido a conversa comigo e eu teria tido dúvidas da sua veracidade.

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quarta-feira, agosto 23, 2006

Basta

Ontem quando menos esperava e quase em cima da hora recebi um convite (gosto de convites assim quando feitos por pessoas que me são muito especiais como a pessoa que me fez o convite ontem) para jantar e para ir ao cinema ver o Sonhar com Xangai.

- Olha e vamos jantar também?

- Vamos. Onde queres ir?

- Vi no blog de alguém que te visita uma sugestão de um restaurante que fica na Estefânia e que se chama "Basta" queres is lá?

- Já sei qual é. Vamos sim.

Lá fomos.

A temperatura estava muito agradável pelo que a opção de ficar no jardim foi obvia. E apesar da experiência do jantar não ser para repetir, o jardim continuam a ser um bom sitio para se beber um cafézinho.

Escolhemos o que iamos comer e veio o couvert. O pão não era do dia. A refeição decorreu sem problemas. Até que chegou a hora de pagar.

- Estava tudo do vosso agrado? - pergunta-nos o empregado com um sorriso agradável.

- Estava tudo menos o pão.

- Não vou comentar. Sou um simples empregado. - Esta resposta disse-nos tudo.

- Perguntou, nós dissemos.

Ele baixou o tom de voz e num sussurro disse:

- Não era de hoje.

Minutos depois nada de conta e a hora do nosso filme quase a chegar. Chamamos o empregado que nos disse que estavam a fazer uma inspecção à caixa e que ia demorar.

- Mas nós estamos quase a perder o nosso filme.

- Eu faço a conta à mão.

- Obrigada.

Mais uns minutos depois

- Importam-se de me dizer o que comeram? É que não encontramos o vosso pedido.

Dissemos.

- Eu ofereço a sobremesa.

- Obrigada.

Paguei. Em vez de dar dinheiro certo, não... parva. Fiquei mais uns quantos minutos à espera do troco. E a hora do nosso filme a chegar.

5 minutos antes do filme começar no King, esquecemos o troco e fomos embora. Mesmo assim perdemos os minutos iniciais.

Sinceramente, espero que o rapaz tenha sido esperto o suficiente para ficar com o troco de quase 4€ para ele. Sim, já que a sobremesa, que tinha esse valor, foi oferecida, que o valor se reverta em grojeta.

Na verdade não em apetece contribuir para que um restaurante que serve pão de véspera (sim, porque não foi uma situação de termos chegado tarde e de se ter acabado o do dia porque nos estavamos a sentar á mesa às 20h) encha os bolsos com o troco que eu deixei lá porque não queria perder o filme porque só para só para pagar demorei mais de 30 mn. Já basta fazerem-no em ninharias como o pão.

Se servem pão de véspera, poderemos confiar na frescura e qualidade dos outros ingredientes?

Posted by Abelhinha at 8:04 da manhã 10 comments

terça-feira, agosto 22, 2006

Raivas de Aveiro

Cheguei ao escritório bem cedo esta manhã, para continuar com o projecto que até merece nome de código.

Fui buscar um café, sentei-me, peguei no saco e enchi-me de raivas... das de Aveiro.

As raivas de Aveiro, são uns biscoitos secos, que o meu amigo RPC de vez enquando me traz.

A primeira vez que os comi estranhei. São tão duros que uma pessoa até sente que a qualquer altura vai partir a cremalheira. Primeiro estranha-se depois entranha-se.

É uma coisa que sem explicação. Sempre que os começo a comer só paro quando o saco já está vazio.

Quando forem a Aveiro, além dos ovos moles TÊM mesmo que provar as raivas.

Aos meus queridos leitores que moram em Aveiro, estão à vontade para me enviarem um pacotinho de raivas que as que tinha já se acabaram ;)

Posted by Abelhinha at 8:23 da manhã 6 comments

segunda-feira, agosto 21, 2006

Hoje...

Hoje ri...
... Sorri...
... Beijei...
... Abracei!

Grande dia hoje!

Posted by Abelhinha at 5:03 da tarde 3 comments

Sinto-me...

... a perder a lucidez. A razão.

Sinto-me a deambular num mundo de fantasias e sonhos. Um mundo cheio de cor e flores. Apetece-me rir, sorrir, beijar e abraçar.

Sinto-me assim hoje!

Posted by Abelhinha at 12:03 da tarde 1 comments

quarta-feira, agosto 16, 2006

Ask the Dust

Poderia ser apenas o nome do último filme que fui ver ao cinema (em português "A Poeira do Tempo"), mas não.

Dou por mim a colocar questões à poeira do meu tempo, da minha vida. À poeira onde se fincaram minhas pegadas. Pergunto com receio da resposta.

Receio da resposta e do que quero ou não ouvir.

Receio das mágoas não ditas e guardadas e rançosas e bolorentas e mofentas e cheias de naftalina.

Mágoas.

Mágoas que guardo de quem não esperava.

Mágoas de quem me cuidou descuidando.

Mágoas de quem por momentos egoístas tomou a decisão que por certo hoje não sabe explicar.

Mágoas de quem por um dia senti nem sei bem o quê.

O que senti por ti? Pergunto e a poeira responde:

- Uma núvem.

O que senti foi uma núvem.

Uma núvem com início num cofre organizado. Ou estarias tu num caus?

Uma núvem que se esvaíu no cansaço das horas perdidas.

Queria apenas sentar-me mais perto, como a Raposa num campo de trigo.

Queria apenas ouvir o murmúrio que se calava nas lágrimas de um quarto fechado.

Queria apenas estar ali, para ti, para te escutar no silêncio do que não dizes dizendo mudo.

Queria apenas dar-te a mão e puxar-te para o caminho onde as flores crescem e animam os dias.

Queria apenas ser tua amiga.

Queria dizer-te mas não me ouviste. Tu que tanto medo tiveste que me chegaste a ofender. Tu que tanto me evitaste. Tu que tanto fugiste.

Foste tu que não sabendo tanto me feriste.

Foi o cofre que me confundiu depois de aberto.

Foi o cuidar descuidado de quem apenas não tem jeito.

Foi a núvem.

Posted by Abelhinha at 4:49 da tarde 2 comments

terça-feira, agosto 15, 2006

Com esta...

- Mamã! Estava ali um cãozinho pequenino com o pêlo aos caracois como os teus, mas os dele eram brancos. Era muito fofinho.

E com esta fiquei sem palavras.

Posted by Abelhinha at 10:04 da tarde 6 comments

segunda-feira, agosto 14, 2006

Afinal, afinal...

Há 2 semanas atrás escrevi este post.

Confesso que andava irritada comigo mesmo por não estar a conseguir ficar feliz por o meu amigo ter mudado para uma situação aparentemente melhor.

Hoje o Fred está de volta!

Sê bem-regressado!

Posted by Abelhinha at 10:31 da manhã 2 comments

sexta-feira, agosto 11, 2006

Bolo de Chocolate

Conversava com dois amigos meus, que tinham acabado de se conhecer. Ele contava-lhe que se tinha apaixonado por uma colega de trabalho numa empresa onde eu e ele tinhamos trabalhado.

O meu amigo: Ela já trabalhava lá há muito tempo e eu nunca tinha reparado nela.

Eu: Ela fazia trabalho temporário. Ela trabalhou lá só 2 ou 3 meses.

O meu amigo: Ok. No primeiro mês nunca reparei nela.

A minha amiga: Já estou a ver. Não reparaste nela no 1º segundo ou na 1ª hora.

O meu amigo: Pronto. Não reparei nela durante um tempo. Depois reparei que era uma miúda com um cabelo estranho.

Eu e a minha amiga: (risos)

O meu amigo: Depois alguém fez anos e levou bolo de chocolate. Foi nesse instante que começamos a falar. Falamos sobre o bolo que era bom. E depois olha...

Eu: Espera aí... enquanto ela lá trabalhou eu fui a única que fez anos e levei o meu bolo de chocolate!

A minha amiga: A culpa então foi do teu bolo. (risos)

O meu amigo: O que puseste no bolo?



Bem, eu digo sempre que o segredo dos meus bolos que, modéstia à parte, são sempre gabados, é confeccioná-los com amor e carinho. Longe de mim imaginar que esse amor e carinho seriam contagiosos.

Quem diria que os meus bolos de chocolate poderiam despertar paixões?

Posted by Abelhinha at 11:09 da manhã 4 comments

quinta-feira, agosto 10, 2006

Silva? ãh Silver?

Há empresas em que o mês de Agosto é um mês santo.

Na empresa onde trabalho é exactamente o contrário. O mês de Agosto é sempre pavoroso.

Assim que entrei em Agosto, e não foi a gosto, já começou a rotina de vir muito cedo e de sair muito tarde.

Antes das 8h já cá estou e depois das 20h ainda cá estou e já recebi o aviso da chefia que por ventura terei que alterar as minhas férias de Setembro.

Agora a culpa é do Silver - nome de código porque é um projecto ultra-secreto.

Eu e o Mocho Falante já estamos a imaginar uma reunião:

- Isso é uma boa ideia, não fosse aquele-cujo-nome-não-podemos-prenunciar.

- Mas aquele-cujo-nome-não-podemos-prenunciar não está envolvido naquele projecto de nome de código Silver, que terá como consequência aquilo-que-a-nossa-concorrência-não-pode-vir-a-saber-nunca-a-menos-que-aquele-que-faz-umas-horas-aqui-e-que-lá-trabalha-a-tempo-inteiro-lhes-diga?

- É isso mesmo.

- Então é mesmo melhor chamar o Silva.

- O Silva ou o Silver?

Posted by Abelhinha at 6:45 da tarde 0 comments

quarta-feira, agosto 09, 2006

Se

Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na busca de um bem definitivo
Em que as coisas de Amor se eternizassem


Sophia de Mello Breyner Andersen

Posted by Abelhinha at 7:35 da tarde 1 comments

terça-feira, agosto 08, 2006

Sexo na minha Cidade

Ontem estive a ver o Sexo e a Cidade.

A Carrie reencontrou um antigo namorado do Liceu. Achava que tinha a sua vida amorosa resolvida até saber que ele se encontrava, voluntariamente, numa clínica de psicoterapia. Não que fosse louco, mas porque queria fazer um tratamento de choque a todas as situações mal resolvidas da sua vida.

Carrie achou que era melhor não se envolver com ele exclusivamente por este motivo, com o apoio de todas as amigas e do amigo gay.

Pois, eu não concordo nada com isso. Aliás, penso mesmo que o seu "adorado" amigo Big e tantos outros que lhe passaram pela frente deveriam ir passar uma temporada a essa instituição.

Eu mesma já me vi a braços com uma situação parecida.

Também eu já reencontrei (ou pelo menos mantive contacto telefónico e muitas outras vias não presenciais - isto devia ter disparado um alarme qualquer!) com o meu primeiro namorado. Confesso que por momentos achei, tal como a Carrie, que a minha vida amorosa estava resolvida. Bem quase... havia umas arestas para limar, principalmente porque o dito senhor já estava casado.

Para os devidos efeitos a conversa via telefone, sms, msn, e-mail entre outras as vias de comunicação não presencial, teve o seguinte conteúdo (resumindo claro):

- Nunca te esqueci e se me quiseres deixo a minha mulher por tua causa, porque sei que tu és a tal.

Quem não ficaria com as pernas bambas ao ouvir tal confissão de uma das pessoas que mais amou na vida?

Eu fiquei.

Mas depressa descobri, contrariamente a Carrie, que o problema residia no facto de o meu primeiro namorado não se submeter voluntariamente a uma profunda psicoterapia.

O principe virou sapo no momento em que os ciúmes começaram a falar por ele em discursos do tipo que passo a citar:

- Se ficarmos juntos vais ter que mudar de trabalho, porque aí estás rodeada de magníficos e eu quero ser o único na tua vida.

Isto só para começar.

Os ciúmes foram de tal dimensão, que se tornaram ofensivos e me apercebi que na cabeça dele não passo de uma leviana que não pode ver rabo de calças à frente.

Bem, o que importa é que hoje o meu primeiro namorado deve estar feliz e contente com a sua família (e fico muito satisfeita que assim seja), espero que a pancada que lhe deu tenha passado, e aproveito para felicitar todos aquele que procuram ajuda profissional sempre que, por algum motivo, se sentem incapazes de lidar com as questões sozinhos.

Se alguém precisar, conheço um excelente terapeuta.

Posted by Abelhinha at 7:59 da manhã 2 comments

segunda-feira, agosto 07, 2006

Situações constrangedoras

A Inês colocou a amiga do pai numa situação, no mínimo desconfortável.

Ao apanhar a rapariga sozinha disse-lhe:

- Sabes? Eu tenho mãe e gosto muito dela.

Apesar do meu lado materno ficar contente com esta afirmação, não posso deixar de imaginar como me sentiria se fosse comigo.

E se alguém me dissesse uma coisa dessas?

Posted by Abelhinha at 7:28 da tarde 2 comments

Lembram-se?

Lembram-se do meu Colega com Sorriso de Anjo?

Pois é...

Também me lembrei dele hoje, quando me veio pedir pasta de dentes depois de almoço.

Já não falavamos há tanto tempo.

Posted by Abelhinha at 7:05 da tarde 0 comments