Lições do Destino: Planeamento
Quem bem me conhece sabe que tenho muita dificuldade em não planear, a não pensar e re-pensar as tudo o que diz respeito à minha vida.
Será justo dizer que já conheço de cor a expressão de cada um dos meus amigos quando me dizem:
- Não planeies...
- Deixa correr...
- Não penses demasiado...
- Não estejas já a fazer filmes...
- Isso é desgastante...
(Convém fazer a ressalva que sou paga para planear e para prever tudo o que pode acontecer se alguém resolver carregar num botão na aplicação XPTO, quais os impactos disso no trabalho de Fulano, Sicrano e Beltrano, ...)
Ultimamente em alguns aspectos da minha vida tenho evitado esse planeamento, embora nem sempre consiga.
Pois bem...
Ontem ou anteontem já não sei bem, comecei a planear que hoje teria que fazer um telefonema, que, embora previsse a resposta, a mesma me assustava.
Como planeei e sabia qual a resposta que esperava, já tinha também planeado a contra-resposta. Estava tudo programado. Até a hora em que ia telefonar. Enfim... o filme estava completo.
(Profissionalmente diria que o Processo estava concluído)
Estava a preparar-me para sair de casa, a pegar nos 13247657672348 telemóveis que actualmente me acompanham diariamente, quando ouço uma voz a sair da minha carteira.
Pensei:
- Olha, tenho que ir a um terapeuta que esta história de estar a pensar no telefonema me está a causar alucinações auditivas. Até parece que a minha carteira está a falar. Vais ver que se eu pegar no telefone do qual ia fazer o tal telefonema, a voz está a sair dele.
Procurei na malinha do Sport Billy e no meio da parafernália de coisas lá encontrei o telefone de onde saía a voz.
- Tou? Tou? Tás ou não estás? - dizia a voz
- Estou?
- Estás? Também eu há não sei quanto tempo. Então ligas e depois não dizes nada?
Era a pessoa para quem eu ia ligar. Não sei como o telefone com o teclado desbloqueado fez a ligação exactamente para este número, que se encontra no meio da lista telefónica e não estava na lista das últimas chamadas.
A conversa decorreu de forma muito sorridente. Até que puxei o assunto que tinha tão bem planeado. A resposta não foi a que eu previa, mas também não foi a resposta inversa. Era a única resposta que eu não tinha previsto e foi, apesar de não ser a desejada, muito agradável.
Moral da história: Surpresas agradáveis tendem a acontecer quando não planeamos.
(Dedico este post a quem tanto me tem aturado estes últimos dias com este assunto e que tem tentado meter-me a todo o custo esta moral da história na cabeça. 33728572 23670-83 23456 366763. Será que foi desta que aprendi?)
Posted by Abelhinha at 7:53 da tarde
5 Comments
Estás a ver? Por vezes sempre pensamos no negativo das coisas, e nem sempre isso acontece, aliás a maior parte das vezes, não!
Fico contente pelo resultado ser positivo
:)
kisses
hummmm sabes que burro velho não aprende línguas, mas também sabes que nunca é tarde para mudanças
bêjos
Oi Abelhinha,
Cheguei aqui por acaso e gostei muito! Principalmente porque é engraçado perceber como a mesma língua (portuguesa) pode ser tão diferente!!!
Quanto ao post, achei ótimo por que todas as vezes em que preparo discursos, justificativas etc para alguma situação, nada ocorre como eu havia pensado!!!
beijos!
Gosto de magias...de momentos que não quero explicar...
Olá, olá,
Venho cuscar aqui o teu cantinho montes de vezes mas ando com preguicite de comentar em blogs... mas hoje é um dia especial e venho aqui deixar-te uma beijoka de parabéns e desejar-te um dia 5 estrelas cheio de planos e surpresas agradáveis de todos os que te são queridos.
Jinhus miga, e que este dia se repita por muitos e bons anos :)
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