O Cachecol.
Durante anos, não usei cachecol. Detestava.
Depois, por influência de uma amiga que me emprestou o seu cachecol da sorte, numa fase complicada da minha vida, habituei-me a usar comumente o cachecol como acessório.
Quando o devolvi a primeira coisa que fiz foi ir comprar um para mim. Fui acompanhada de um amigo e fomos à Springfield. Lá estava ele, o MEU cachecol a olhar para mim e a dizer: "leva-me, leva-me".
Trouxe e nunca gostei tanto de outro cachecol como que daquele.
Sempre que ia para algum lado ele ia comigo.
Até que uma das pessoas que é Luz na minha vida me disse:
- Ouve lá... onde é que compraste aquele cachecol que eu gostava tanto de ter um desse género.
- Já foi há algum tempo, na Springfield, não deves arranjar igual.
- Mas pode ser que haja parecido.
Não havia.
- Tenho pena. Não encontro nada desse género.
- Não tenhas. Eu dou-te o meu.
E assim foi... o meu cachecol passou a ser de outra pessoa.
Enquanto lhe entregava e silenciosamente me despedia da minha peça, juntamente com o Adeus, veio também a alegria de estar a partilhar algo do qual jamais pensei que seria capaz de me afastar.
De mão dada com a saudade está a alegria de saber que daquele dia em diante, o meu cachecol confortará um pescoço que saberá que aquele calor é um beijo meu.
Posted by Abelhinha at 1:40 da tarde
2 Comments
As flores que te dei...são eternas.
A constelação que te dei...brilharás sempra para ti.
O teu cachecol...auecerá sempre o meu pescoço e a minha alma.
Agora com correcção ortográfica :
As flores que te dei...são eternas.
A constelação que te dei...brilhará sempre para ti. Seja dia ou noite.
O teu cachecol...aquecerá sempre o meu pescoço e a minha alma.
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