Foi em grande
Este fim de semana foi non-stop.
6ª feira saí de casa às 6h20 e só voltei no domingo à 1h30. Na bagagem uma mochila com mudas de roupa porque a farra prometia.
O jantar de 6ª teve-me como anfitriã, a comemorar o fechar de um livro que tem indubitavelmente como última sentença: "happy ever after" e o iniciar de um novo volume.
A nova história inicia-se assim:
"A noite estava amena para uma noite de inverno. Feliz, apesar de atrasada, ela chega ao local onde todos os convidados esperam ansiosamente ainda pálidos com o susto que apanharam.
- Já estão a por a mesa.
- Obrigada, vou ver como estão a correr as coisas.
Entra na sala.
- Sr Filipe? Como estão a correr as coisas?
- Pedimos desculpa mas somos alheios a esta questão. Uma senhora ligou para aqui a cancelar tudo porque o seu irmão tinha falecido. Por um motivo destes confesso que não tive coragem de confirmar.
- Não se preocupe. Foi apenas uma brincadeira de mau gosto. O que importa é sentarmo-nos todos a jantar que estamos cheios de fome. Traga pão, queijo, presunto e vinho por favor, que há uma brincadeira macabra a esquecer... não é maninho? Nunca pensei que fosses um morto-vivo! - disse ela soltando uma estridente gargalhada"
Comigo é sempre assim, há sempre uma história para contar!
O vinho bateu na forte apesar de ter bebido muito pouco como é meu hábito quando vou conduzir, mesmo sabendo que ainda me faltariam algumas horas até chegar novamente ao volante.
Quando saimos da Tasca já o Bairro estava repleto e lá fomos nós aproveitar a noite de cigarrilha em punho (esta deve ser surpreendente para quem me conhece, já que não fumo. Ou será que a forma correcta é, já que não fumava?).
- E se fossemos à Gulbenkian ver a exposição do Amadeo Souza-Cardoso? Hoje vai estar aberta a noite toda.
- Vamos nessa.
A viagem foi torturosa para quem ia comigo no carro, aliás quase a noite toda estava a ser dificil porque desde que tinha saído do restaurante ainda não tinha parado de cantar.
Quando chegamos, descobrimos que o Pingú era um básico e que se tinha enganado na noite.
Voltamos ao Cais de Sodré onde tinhamos deixados os carros e resolvemos ainda fazer uma última incursão a um bar, onde falamos de relações e das dificuldades da vida a dois, aquelas muito pequeninas tipo: gavetas abertas, pasta de dentes no lavatório, esquecimento da chave, cotonetes esquecidos inconscientemente onde calha... O Paco, solteiro e bom rapaz apenas dizia:
- Isso é tudo ridículo. isso que vocês estão a dizer não pode ser normal. Nenhum de nós é autista. Se isso incomoda tanto o outro deixa-se de fazer. EU por exemplo nunca sei das chaves e do MedeiaCard, como tu sabes Abelhinha... - já cheio de calor causado pela irritação.
- E se a tua namorada um dia te dissesse: és sempre a mesma coisa, nunca sabes onde pões as coisas. Estou farta disto... o que é que farias?
(Silêncio seguido de gargalhadas)
À saída a minha querida amiga CC pergunta-me:
- Como é? Sintra ou a minha casa? Estás muito cansada ainda para ires levar a Kanukinha e ires para casa.
- Sintra.
24 horas depois de sair de casa estava a adormecer num leito quente para uma noite reparadora.
O Primeiro dia do resto da minha vida começou de forma maravilhosa.
Fomos comprar o presente de aniversário da Kanukinha e passear pela marginal até ao Guincho e beber um galão quente no Cabo da Roca.
Ao final da tarde fomos mudar de roupa e fomos para a festa... novamente.
Ao chegar ao restaurante a primeira coisa que pedi foi um café e à meia-noite tinha virado gata-borralheira e o meu Yaris estava prestes a virar abóbora.
Os anos passaram por mim e esqueci-me que os 20 há alguns anos que ficaram para trás.
O próximo fim de semana terá obrigatoriamente que ser para descansar já que este ano ainda não sei o que isso é.
Amanhã... começa tudo de novo... às 6h20 já estou de saída para o trabalho.
Tenho é que revisitar os meus horários que isto de entrar às 7h e sair entre as 19 e as 20 tem muito que se lhe diga!
Posted by Abelhinha at 9:01 da tarde
0 Comments
Enviar um comentário
« Home