Hoje apetece-me falar de Amor
Hoje apetece-me falar de Amor! Não do Amor que tenho falado aqui, ao longos destes dias... mas de outros Amores!
Amores que nos ferem por não serem incondicionais, como o que sinto pela Inês.
Nunca o disse desta forma, mas eu sofro de Amor e por Amor. E hoje estou a sofrer. Durante muito tempo achei que os Felizes nunca sofriam, mas hoje eu estou feliz, e ao mesmo tempo este bocadinho de mim sofre!
Sofre porque o meu Amor espera por algo que nunca chega. E continuo à espera.
Espero por algo que não existe e que desejo ardentemente, e sinto-me defraudada por mim mesma, por esse Amor que plantei, cuidei, tratei e alimentei.
Nunca esperei, esperando, algo em troca. Mas o "Gostaria-que-me-desses-mais-e-aceitasses-mais-de-mim" cresceu, ganhou forma.
Amor é uma palavra de dimensão ridícula, atendendo a tudo o que insere dentro de si, e ao mesmo tempo, que palavra melhor para descrever o que ela contém do que ela mesma? Uma palavra simples e bela, para algo que de tão simples se torna complexo simplesmente porque temos dificuldade em descrever a simplicidade das coisas.
O meu Amor em tempos vivia de nadas caídos no caminho que eu pisava e que gentilmente os apanhava e acolhia no meu bolso antes do passo seguinte. Hoje não. Hoje tudo cresceu.
O Amor das coisas simples, mudou!
O "Gostaria-que-me-desses-mais-e-aceitasses-mais-de-mim" exige mais! Exige dar mais e receber mais. Como não dar mais se o que sentimos já não pode ser contido em nós próprios? Como não fantasiar que se recebe algo, mesmo que não seja o que desejamos? Como suportar se não podemos pedir?
Vamos aguentando. "Eu aguento" é algo que dizemos quando o que pensamos é dificil, mas achamos que até suportamos o seu peso. E "Eu aguento" no Amor, é como um sacríficio que fazemos até alcançarmos a Paz que nos espera no final desta viagem, nos braços quentes da pessoa Amada, no escuro, enquanto ouvimos o bater do seu coração em uníssono com o nosso.
Mas por vezes o caminho é movediço e perdemos por lá. Deixamos de saber o que esperamos, o que amamos, o que desejamos, o que é apenas um capricho, a luta por um simples beijo.
Haverá espaço para um Amor assim nesta viagem?
Certo dia, um pouco antes de iniciar este caminho, li algo onde me espelhei numa das minhas paragens obrigatórias para um chá e fiquei dias a fio a pensar nisso.
Contemplei, esperei pelo amadurecimento, aprendi (pensei eu!) a amar sem ter. Mas... de uma forma incontrolável e avassaladora, virei o monstro egoísta que apenas queria conter em si aquele outro Ser!
Parei, rezei a todos os Deuses, Santos, Anjos e Arcanjos, implorei ajuda, implorei a cada poro do meu Ser que não o desejasse. E deixei de aguentar... explodi!
Não posso mais não esperar nada! Não posso mais fingir que não existe! Não posso mais lidar com a saudade que me asfixia! Não posso mais continuar o meu caminho com a dualidade "Ter ou Não-Ter".
Porque exige em mim o Amor uma definição? Porque não posso ser como tantos outros que aceitam o seu lusco fusco, a sua luz meio apagada, o seu sentimento vivido pela metade, sendo isso o suficiente?
Porque cresce em mim a ansiedade de o ter? Porque não posso apenas olhar para sempre? Porque o desejo mais do que a conta? Porque é que o meu sentimento é desmensuado? Porque é que recordo cada toque, cada sorriso, cada palavra trocada, cada olhar, cada partilha mesmo em silêncio? Porque não se apaga tudo depois de findo o prazo de validade? Porque recordo incessantemente tudo o que conheço a seu respeito? Porque recordo as noites em que trocamos confidências num espaço que não existe de facto, num quarto feito nas núvens dos sonhos?
Porque o Amo na sua Dualidade?
Porque o desejo sabendo que "não daria" certo? Porque o desejo reconhecendo cada um dos seus defeitos, cada uma das coisas que não gosto em si, cada uma das suas incompatibilidades comigo mesma?
Porque o quero tão diferente de mim?
Porque não o tenho?
Amores que nos ferem por não serem incondicionais, como o que sinto pela Inês.
Nunca o disse desta forma, mas eu sofro de Amor e por Amor. E hoje estou a sofrer. Durante muito tempo achei que os Felizes nunca sofriam, mas hoje eu estou feliz, e ao mesmo tempo este bocadinho de mim sofre!
Sofre porque o meu Amor espera por algo que nunca chega. E continuo à espera.
Espero por algo que não existe e que desejo ardentemente, e sinto-me defraudada por mim mesma, por esse Amor que plantei, cuidei, tratei e alimentei.
Nunca esperei, esperando, algo em troca. Mas o "Gostaria-que-me-desses-mais-e-aceitasses-mais-de-mim" cresceu, ganhou forma.
Amor é uma palavra de dimensão ridícula, atendendo a tudo o que insere dentro de si, e ao mesmo tempo, que palavra melhor para descrever o que ela contém do que ela mesma? Uma palavra simples e bela, para algo que de tão simples se torna complexo simplesmente porque temos dificuldade em descrever a simplicidade das coisas.
O meu Amor em tempos vivia de nadas caídos no caminho que eu pisava e que gentilmente os apanhava e acolhia no meu bolso antes do passo seguinte. Hoje não. Hoje tudo cresceu.
O Amor das coisas simples, mudou!
O "Gostaria-que-me-desses-mais-e-aceitasses-mais-de-mim" exige mais! Exige dar mais e receber mais. Como não dar mais se o que sentimos já não pode ser contido em nós próprios? Como não fantasiar que se recebe algo, mesmo que não seja o que desejamos? Como suportar se não podemos pedir?
Vamos aguentando. "Eu aguento" é algo que dizemos quando o que pensamos é dificil, mas achamos que até suportamos o seu peso. E "Eu aguento" no Amor, é como um sacríficio que fazemos até alcançarmos a Paz que nos espera no final desta viagem, nos braços quentes da pessoa Amada, no escuro, enquanto ouvimos o bater do seu coração em uníssono com o nosso.
Mas por vezes o caminho é movediço e perdemos por lá. Deixamos de saber o que esperamos, o que amamos, o que desejamos, o que é apenas um capricho, a luta por um simples beijo.
Haverá espaço para um Amor assim nesta viagem?
Certo dia, um pouco antes de iniciar este caminho, li algo onde me espelhei numa das minhas paragens obrigatórias para um chá e fiquei dias a fio a pensar nisso.
Contemplei, esperei pelo amadurecimento, aprendi (pensei eu!) a amar sem ter. Mas... de uma forma incontrolável e avassaladora, virei o monstro egoísta que apenas queria conter em si aquele outro Ser!
Parei, rezei a todos os Deuses, Santos, Anjos e Arcanjos, implorei ajuda, implorei a cada poro do meu Ser que não o desejasse. E deixei de aguentar... explodi!
Não posso mais não esperar nada! Não posso mais fingir que não existe! Não posso mais lidar com a saudade que me asfixia! Não posso mais continuar o meu caminho com a dualidade "Ter ou Não-Ter".
Porque exige em mim o Amor uma definição? Porque não posso ser como tantos outros que aceitam o seu lusco fusco, a sua luz meio apagada, o seu sentimento vivido pela metade, sendo isso o suficiente?
Porque cresce em mim a ansiedade de o ter? Porque não posso apenas olhar para sempre? Porque o desejo mais do que a conta? Porque é que o meu sentimento é desmensuado? Porque é que recordo cada toque, cada sorriso, cada palavra trocada, cada olhar, cada partilha mesmo em silêncio? Porque não se apaga tudo depois de findo o prazo de validade? Porque recordo incessantemente tudo o que conheço a seu respeito? Porque recordo as noites em que trocamos confidências num espaço que não existe de facto, num quarto feito nas núvens dos sonhos?
Porque o Amo na sua Dualidade?
Porque o desejo sabendo que "não daria" certo? Porque o desejo reconhecendo cada um dos seus defeitos, cada uma das coisas que não gosto em si, cada uma das suas incompatibilidades comigo mesma?
Porque o quero tão diferente de mim?
Porque não o tenho?
Posted by Abelhinha at 10:26 da tarde
7 Comments
céus.. que angústia...
Lá vou eu fazer mais um exercício de respiração ... uuuufffff ... volto já ...
Só queria que soubesses que cá vim ... como venho sempre...
Muito obrigada pelo teu comentário no meu blog... para não variar, comoveu-me muito.
Beijo Encaracolado. Prometo voltar a este post ...
~:o)
“Não procures verdade no que sabes
Nem destino procures nos teus gestos
Tudo quanto acontece é solitário
Fora de saber fora das leis
Dentro de um ritmo cego inumerável
Onde nunca foi dito nenhum nome”
Sophia de Mello Breyner Andersen
Abelhinha não penses, não procures respostas, elas hão-de aparecer sob forma de vento ou de mar :) ninguém percebe o amor...
beijinhos de chá
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Querida Amiga, o amor não se explica, sente-se, nem se ganha, conquista-se.
Mas acho que se deve partir para o amor sempre com uma valente dose de auto-estima, isto para não nos arriscarmos a gostarmos mais de alguém do que de nós próprios porque, quando isso acontece, o amor vira-se contra nós e passa a ser sinómino de sofrimento.
E o amor não é isso. O amor é luz, é riso, é partilha e conquista diária.
E quando tudo passa resta o que ele teve de bom.
Estou sempre por aqui. Tu sabes.
Beijo Amoroso ~:o)
Viste ? Voltei ...
Queria agradecer às minhas 2 amigas desconhecidas, a Caracolinha e a Agripina pelo apoio e palavras de carinho com que me bridaram.
Um Beijo MUUUUIIIITTTTTOOOOO Grande para as duas, como todo o meu mel.
A busca insessante do amor e da explicação dos seus segredos, só faz com que este nos pareça mais distante, é que ao virar uma esquina, na livraria do bairro, a saída do cinema, na entrada do café ele pode estar sempre à nossa espera, não sabemos... e esse é o mistério do amor
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